Nos últimos meses, o assunto tem sido o novo método de pagamento chamado Pix. Como se trata de uma mudança no setor financeiro, afetando transferências e demais métodos de pagamentos, é comum que algumas dúvidas surjam por pessoas físicas e jurídicas.
Por isso, é importante que os profissionais contábeis estejam cientes de todas as novidades até mesmo para compreender como elas impactam o setor. Continue a leitura e saiba mais sobre o assunto!
O que é o Pix?
Trata-se de uma nova modalidade para efetuar pagamentos e transferências entre pessoas, empresas e governos. O Pix foi criado e é regulado pelo Banco Central do Brasil (Bacen), no Fórum para Pagamentos Instantâneos.
Ele está em vigor desde novembro de 2020 e promete importantes avanços para mudar a dinâmica do mercado financeiro no Brasil. O principal diferencial do Pix é a permissão de transações 24 horas por dia, inclusive finais de semana e feriados.
Isso evidencia as transformações no ecossistema bancário brasileiro, que apesar de ser um dos mais avançados, é bem limitado a métodos de transferências tradicionais e até arcaicos.
Sendo assim, o surgimento do Pix teve como objetivo principal facilitar pagamentos e transferências, além de diminuir os custos com operações bancárias e agilizar as transações.
Com o Pix, as até então conhecidas modalidades TEDs, DOCs, boletos e guias de arrecadação podem se tornar obsoletas. Afinal, o novo sistema de pagamentos conta com um processo todo digital, que é também criptografado pelo Banco Central — então é mais seguro.
Quais vantagens esse método de pagamento apresenta?
Quem está pensando se deve ou não se cadastrar no novo sistema de pagamento, ao conhecer melhor o que ele oferece e avaliar as possíveis vantagens, pode tomar a melhor decisão. Veja os principais diferenciais do Pix!
Transações instantâneas e disponíveis 24 horas
As transações pelo Pix podem ser feitas 24 horas por dia, nos sete dias da semana, incluindo os feriados. A compensação do valor acontece de forma instantânea, diferentemente do DOC e TED.
Assim, não é preciso aguardar o horário bancário para fazer transferências ou esperar três dias úteis para que o valor entre na conta.
Não tem custos adicionais
Outra vantagem do Pix é que ele é totalmente sem custos para pessoas físicas. Dessa forma, os clientes não precisam se preocupar com as tarifas.
As pessoas jurídicas, por sua vez, podem ser tarifadas. Entretanto, o valor é bem menor do que o cobrado em transações tradicionais, já que o Pix é um meio de pagamento mais integrado.
Algumas instituições bancárias, inclusive, não cobram taxa. Por isso, é interessante conversar com o banco no qual a empresa tem conta.
Mais segurança para as transações
Por ser totalmente digital, muitas pessoas têm dúvidas em relação à segurança. O sistema é totalmente seguro. Inclusive, pode ser mais seguro que os tradicionais cartões.
Todas as transações são baseadas na Rede do Sistema Financeiro Nacional (RSFN) e usam as mesmas tecnologias de proteção adotadas em transações de TED e DOC, como autenticação e criptografia.
Fraudes eventuais que aconteçam com o Pix são de responsabilidade dos parceiros do Sistema de Pagamentos Instantâneos (instituições financeiras).
Multiplicidade de usos
É possível fazer, por meio do Pix, transferências de qualquer valor para pessoas físicas ou empresas, além de poder pagar em estabelecimentos físicos ou virtuais.
Existe também a possibilidade de fazer transferências sem que seja necessário digitar conta, agência, CPF e todos os dados exigidos normalmente. Com o Pix, as transações são feitas por meio de QR Code ou da chave cadastrada.
Como o Pix impacta o setor contábil?
A contabilidade lida com pessoas físicas e jurídicas, portanto, o Pix impacta o setor e os profissionais precisam acompanhar as mudanças.
O pagamento de guias federais, por exemplo, não tem mais o período mínimo de 48 horas para a compensação, pois o ente recebe o pagamento e as informações necessárias de forma instantânea.
O Pix também impacta o procedimento de Certidões Negativas de Débitos (CND) ou Certidão Positiva com Efeitos de Negativa (CPEN). Nesses casos, há ganho em facilidade e agilidade. Afinal, as informações são agregadas nas transações — com o governo, fornecedores ou empregados.
É importante ressalvar, no entanto, que aspectos tributários ainda não estão definidos com a chegada do Pix. Mas é notável a diminuição da burocracia dos documentos fiscais eletrônicos e de obrigações acessórias com o novo método de pagamento porque o FISCO consegue, por meio do Pix, coletar dados por conta própria.
Em vigor há alguns meses, o Pix promete melhorar bastante a forma como pessoas e empresas realizam transações bancárias. O contador precisa acompanhar as mudanças até mesmo para informar os clientes do escritório e adequar os processos de acordo com as exigências.
Esperamos que as informações deste texto tenham sido esclarecedoras. Aproveite e saiba como defender os seus investimentos com arquivos fiscais em dia.